quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Anorexia...Um mal que ronda a geração de hoje.


Hoje em dia convivemos com a geração saúde, que acredita ser a perfeição dos corpos, a porta de entrado para o sucesso no mundo.


As empresas exploram, pois isto gera lucro! Mesmo sabendo ser esta busca uma utopia, eles nada fazem, é claro. Ganham as industrias da beleza, as empresas de tratamento, as industrias farmacêuticas, etc; e os jovens consumidores deste movimento o que ganham? O resultado da tremenda falta de sabedoria é o que ganham, e muitas vezes como prêmio maior, a morte.

Na verdade, perdemos todos nós que cremos em um Deus suficiente, que nos ama do jeito que somos, que mede sim, padrões de caráter mas jamais de estética. Perdemos quando não mostramos com eficiência esse Deus que é o bastante por si só. Nos amarramos no conforto de estarmos longe de crises mundiais e cotidianas, pelo simples fato de acharmos que estes problemas não nos dizem respeito.

Infelizmente dizem! Enquanto Deus usar o amor como fonte de alimento para que a humanidade exista, temos que nos incomodar e bastante! Precisamos nos interessar pelos problemas do mundo, pois esse Deus a quem amamos, ama todas essas que estamos vendo nesta reportagem, se é que ainda vivem. Portanto, o que realmente estamos fazendo?

Oramos por isso? Nos interessamos em conhecer os fatos e pensar em formas de amenizar esse culto ao consumismo desenfreado, enganoso, viciante e destruidor que se instalou nos últimos tempos?

Como vivem os Pais destas jovens? Tanto quanto as drogas, qualquer coisa que nos escravize e nos tire da razão, se torna uma luta quase que vencida. Vocês conseguem se imaginar no lugar desses Pais?

Nós enquanto cristãos e ou Pais, sabendo desta cilada de Satanás entre muitas outras, precisamos estar atentos com absurdos que jamais deveriam fazer parte do nosso mundo. Precisamos conhecer para combater. Então, leia esta matéria tirada da revista "Enfoque Gospel" de Dezembro de 2006.







Morrer de anorexia nervosa
Ana Cleide Pacheco


As mortes da modelo Ana Carolina Reston e da estudante universitária Carla Sobrado Cassalle, ambas de 21 anos, no último mês, trouxe de volta à mídia o debate sobre a anorexia, um distúrbio alimentar que atinge principalmente as mulheres, e, com mais frequência, as que trabalham em atividades relacionadas à imagem, como as modelos. O que acontece é que, mesmo estando magra, a pessoa considera que está acima do peso e, por isso, deixa de comer para emagrecer.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1,7 milhão de pessoas sofrem de anorexia. No Brasil, dados apontam que a doença pode afetar até 20% das adolescentes, de todas as classes sociais. Na maioria das vezes são meninas com idade entre 14 e 20 anos, que se recusam a comer e beber com medo de engordar.

Foi o que aconteceu com a estudante Inês (nome fictício), que evitava até engolir a própria saliva para não ganhar peso. A idéia absurda a atormentava o tempo inteiro. Como sonhava em ter um “corpo de modelo”, a jovem, hoje com 23 anos, não parava de cuspir. Quando o estranho comportamento surgiu, há seis anos, Inês exibia medidas modestas: 40 kg, distribuídos por 1,50m de altura. Era magra, mas se considerava longe do ideal que concebera para si. Estava sofrendo de anorexia nervosa.


A doença se caracteriza justamente por um medo mórbido de ganhar peso. Um temor intenso que conduz à distorção da imagem corporal. “Eu me olhava no espelho e começava a chorar, me sentia muito gorda. Quando ia comprar roupas, sempre me dirigia à seção de crianças, pois queria vestir o manequim de 7 anos”, diz Inês, que na época tinha 17 anos. A estudante chegou a ser levada a psicólogos e psiquiatras por sua mãe, mas afirma que foi curada através da Palavra de Deus. “Minhas tias são evangélicas e oraram muito por mim. Até que um dia, fui até a igreja com elas. Lá, o líder da mocidade falou tudo o que eu estava passando. Fiquei tão impactada que aceitei a Jesus na hora. Cheguei em casa e comecei a comer; queria recuperar o tempo perdido. Hoje, sei que é preciso ter equilíbrio, e isso o Espírito Santo me dá”, conta.


Segundo a gastroenterologista Vanderléa Couto, uma das características da anorexia é o peso, 15% abaixo do Índice de Massa Corporal (IMC) normal para a idade e altura da pessoa. “A anorexia nervosa caracteriza-se, basicamente, pela determinação do paciente em manter um peso abaixo do ideal. Na realidade, trata-se de uma perturbação na percepção do esquema corporal, ou seja, ele distorce as formas do corpo e, assim sendo, a recusa alimentar é apenas uma consequência dessa distorção”.


Para a psicóloga Lúcia Grael, o diálogo é sempre a melhor maneira de perceber a doença e ajudar os filhos. “É natural que o adolescente, por conta da fase que está vivendo, se preocupe com o meio e em como agradá-lo. É um momento de cobranças, e os pais devem estar atentos. Percebendo qualquer alteração no comportamento, é aconselhável levá-lo ao clínico geral para uma avaliação”, afirma a especialista, ressaltando que, durante o tratamento, é importante o engajamento da família, pois atenção e carinho são fundamentais para a recuperação.

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